A ginástica (olímpica ou rítmica), o balé e a dança são esportes que exigem hipermobilidade nas articulações. Além de tecnicamente demandantes, com necessidade de várias horas de treinamento diário, o atleta inicia a prática esportiva desde muito jovem (em alguns casos a partir de 2 a 3 anos de idade), com aumento do risco de lesões por sobrecarga (“overuse”).
A mentalidade extremamente exigente (indivíduo é ao mesmo tempo atleta e artista) leva o praticante a mascarar (esconder) a dor para poder treinar e competir (piorando a lesão).
Estudos com bailarinos e ginastas afirmam que 4% a 12% das lesões nestes esportes se localizam na articulação do Quadril.
As lesões mais comuns envolvendo o Quadril são:
1- Síndrome do Impacto (intra ou extra articular: Impacto Femoroacetabular; Impacto Subespinhal; Impacto Isquiofemoral);
2- Estalos no Quadril (Síndrome do Ressalto): cerca de 90% dos praticantes destes esportes relatam estalos, podendo ou não ser dolorosos);
3- Bursite / Tendinite Glútea (dor na região lateral do quadril);
4- Lesão dos Isquiotibiais (musculatura posterior da coxa).
Os praticantes desses esportes tendem a apresentar displasia de quadril e/ou hipermobilidade articular (frouxidão ligamentar): isso facilita a execução dos movimentos porém, ao mesmo tempo, aumenta o risco de lesões articulares.
A prática começa cedo na vida destes atletas
Exemplos de movimentos que envolvem flexão, abdução e rotação externa do quadril. Os extremos de amplitude de movimento, repetidas vezes, predispõem o atleta a lesões.