Causas
A sobrecarga muscular, especialmente na fase excêntrica da contração muscular, é a principal causa de lesão. A fase excêntrica é aquela onde o músculo sofre contração ao mesmo tempo em que seu comprimento total aumenta (a fase concêntrica da contração muscular leva à diminuição do comprimento do músculo).
Fatores de Risco
Sintomas Dor súbita na região posterior da coxa, com parada da atividade física, claudicação (mancar) e até mesmo pode levar o indivíduo à queda. Lesões mais extensas podem levar ao aparecimento de hematoma na coxa. Exames O exame de Ultrassom e de Ressonância Nuclear Magnética auxiliam na detecção da lesão, sendo este último mais preciso. O exame de raio-x é útil no caso de suspeita de avulsão tendínea pois, neste caso, pode ocorrer arrancamento ósseo concomitante.
Tratamento
Depende do tipo de lesão (muscular, miotendínea ou tendínea) e sua extensão, além do nível de atividade e demanda física do paciente. Visa o retorno ao esporte o mais brevemente possível, além da prevenção de novas lesões. A maioria das lesões são de tratamento não cirúrgico.
O protocolo RICE [em inglês: R= rest (repouso); I= ice (gelo); C= compression (compressão); E= elevation (elevação)] é utilizado de imediato.
Repouso das atividades físicas até a cicatrização completa, podendo ser utilizadas muletas para conforto durante a marcha; gelo aplicado em sessões de 20 minutos, com o objetivo de diminuir o processo inflamatório; compressão através de bandagens ou bermudas de compressão, com o intuito de diminuir o edema (inchaço); elevação do membro lesionado também para diminuição do edema.
A fisioterapia é fundamental para a correta cicatrização. Seu protocolo é progressivo, iniciando-se com exercícios de flexibilidade/alongamento, evoluindo para fortalecimento progressivo e terminando com treinamento específico para o esporte praticado pelo paciente.
O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados de avulsão tendínea associada a encurtamento dos tendões. Nestes casos, os tendões são reinseridos no osso através de fios de sutura. É necessário um período de imobilização para a proteção da sutura até a cicatrização tendínea. Posteriormente é iniciada a fisioterapia para ganho progressivo de mobilidade e força.
O tratamento adequado, combinado com o trabalho preventivo através do controle dos fatores de risco anteriormente citados, é fundamental para evitar novas lesões e complicações como perda de força.