O osso é um tecido vivo que se encontra em constante remodelação. Isto ocorre através de um processo contínuo de reabsorção e formação de osso novo.
Caso ocorra um desequilíbrio nesta balança (mais reabsorção do que formação de osso novo), a densidade (massa) óssea diminui. Tal desequilíbrio torna o osso mais fraco e propenso a fraturas.
Causas
Infelizmente, muitas pessoas só descobrem que tem osteoporose ao sofrer uma fratura. Existem muitos fatores de risco, a saber:
- Envelhecimento;
- Sedentarismo;
- Diminuição dos níveis de estrogênio;
- Hereditariedade;
- Uso crônico de corticóides;
- Tabagismo;
- Alcoolismo.
Os locais de maior perda óssea são a coluna, punho e fêmur.
Todo ser humano perde massa óssea com o envelhecimento. Os homens tendem a perder de 20 a 30%, já as mulheres, entre 30 e 50%. As mulheres tendem a ter uma maior perda após a menopausa, devido a queda dos níveis de estrogênio.
Prevenção
Visa diminuir a velocidade de perda óssea inerente ao envelhecimento, prevenindo assim a ocorrência de fraturas.
- O combate ao sedentarismo é fundamental. Atualmente, a OMS define como indivíduo ativo aquele que pratica ao menos 150 minutos de atividade física de moderada à alta intensidade por semana. Este tempo é distribuído entre atividade aeróbica (exercícios de deslocamento): 90 minutos/semana, e treinamento de exercícios resistidos (fortalecimento muscular): 1h/semana. Este tempo sobe para 250 minutos, se considerarmos atividade física de baixa intensidade.
- Cessação do tabagismo: o cigarro afeta diretamente as células formadoras de tecido ósseo; influi negativamente na dieta; afeta o metabolismo do estrogênio; retarda a consolidação de fraturas.
- Diminuir consumo de bebida alcoólica: o álcool aumenta o risco de queda, além de afetar negativamente a nutrição do indivíduo.
- Prevenção de quedas: mesmo quedas de baixo impacto podem causar fratura no paciente com osteoporose. Fraturas do quadril podem causar limitação permanente na mobilidade, além de risco aumentado de óbito devido a complicações clínicas como trombose, embolia pulmonar, infecções, entre outras.
Cuidados dentro de casa também são importantes:
- evitar tapetes soltos;
- evitar pisos escorregadios;
- colocar tapete antiderrapante no banheiro;
- evitar escadas; se possível, sempre instalar corrimão;
- retirar objetos/movéis do caminho;
- ambiente bem iluminado (fácil acesso a interruptores de luz);
- trocas frequentes de calçados (evitando uso de sapatos com solado desgastado).
Tratamento
É fundamental para manutenção da massa óssea e prevenção de fraturas. As medicações agem inibindo a reabsorção de osso, em uma tentativa de preservar o estoque ósseo e retardar a progressão da perda óssea causada pelo envelhecimento.
O exame de escolha é a densitometria óssea. Este exame deve ser aliado a exames de sangue, a fim de investigars causas secundárias de osteoporose.
Mulheres após menopausa e homens após os 50 anos de idade devem ser investigados. Caso tais pacientes apresentem alteração na densitometria óssea, ou se já tiveram história de fratura na coluna, bacia ou punho, associados a trauma de baixo impacto (queda da própria altura, por exemplo), estes pacientes devem ser tratados.
Medicamentos
Existem classes de medicamentos, cada qual com suas vantagens e desvantagens. Logo, o tratamento deve ser individualizado.
Medicamentos atualmente disponíveis: bisfosfonatos (Alendronato, Risendronato, Ibandronato, Ácido Zoledrônico), SERMS (moduladores dos receptores de estrogênio), Denosumabe, agentes anabólicos (como exemplo, o Teraparatide), terapia de reposição hormonal (estrogênio).
Vale sempre lembrar que a abordagem dos fatores de risco modificáveis (previamente citados) também faz parte do tratamento.