Prótese de Quadril: Perguntas mais Frequentes

Prótese de Quadril: Perguntas mais Frequentes

  • Quando devo operar meu quadril?

O tratamento inicial para a artrose de quadril, salvo algumas exceções, deve ser não cirúrgico. As medidas de tratamento conservador envolvem, entre outras, mudança de hábitos de vida como:

  • perda de peso quando necessário;
  • suspensão das atividades que causam dor;
  • medicações analgésicas e condroprotetores;
  • fisioterapia;
  • atividade física específica para melhora da força muscular e flexibilidade.

Quando os sintomas de dor e limitação de mobilidade começarem a influenciar a qualidade de vida ou mesmo puder atrapalhar as atividades da vida diária, como andar, subir escadas, calçar meia e calçados, sentar-se por longos períodos, a cirurgia deve ser considerada.

 

  • Quanto tempo dura a prótese?

Estudos sugerem que a cirurgia de prótese dura, em média, 15 anos. Porém, deve-se ter em mente que diversos fatores podem influenciar na maior ou menor durabilidade da prótese, como o nível de atividade física do paciente, peso corporal, tipo de atividade laboral, tipo de prótese, entre outros.

 

  • Quais tipos de prótese existem?

A prótese de quadril é composta por quatro componentes, a saber: haste femoral, cabeça femoral, liner acetabular e cúpula acetabular.

O par tribológico “cabeça femoral x liner acetabular” tem influência preponderante na durabilidade da prótese. Atualmente existem cabeças de metal ou cerâmica e liner acetabular de polietileno (convencional ou cross-linked), cerâmica e metal. A escolha da combinação protética (par tribológico) depende de inúmeros fatores, entre eles, idade do paciente, expectativa de vida, nível de atividade física, além da preferência e experiência do cirurgião.

 

  • Qual o tamanho da incisão?

Existem diversas vias de acesso pela quais o cirurgião pode acessar a articulação do quadril e realizar a implantação da prótese. Dentre essas,  a via posterior é a mais  utilizada. O tamanho da via depende do tamanho do paciente e das dificuldades técnicas que possam surgir de acordo com a gravidade de cada caso.

Recentes aprimoramentos na técnica cirúrgica permitiram a implantação da prótese por menores incisões, como a “mini via posterior” e a via anterior. Tais aprimoramentos visam uma cirurgia com menor dano tecidual além de permitir, teoricamente, uma reabilitação mais acelerada. Porém a via de acesso de escolha do cirurgião deve ser a que ele esteja mais familiarizado, a fim de permitir a implantação adequada e segura da prótese.

 

  • Qual anestesia é usada?

A escolha cabe ao anestesista, em consenso com o cirurgião, de acordo com as características de cada paciente. Todo paciente que será submetido a uma cirurgia eletiva de Artroplastia Total de Quadril é previamente avaliado em consulta pré-operatória por um médico anestesista. Atualmente a tendência é pela combinação da anestesia geral (que permite conforto ao paciente durante a cirurgia) com a raquianestesia (que permite melhor controle da dor no pós-operatório imediato).

 

  • Quanto tempo vou ficar internado no hospital?

O período de internação varia de 01 a 03 dias. Ele depende de fatores como idade, doenças pré-existentes, nível de atividade física antes da cirurgia. Tais fatores interferem na velocidade da reabilitação fisioterápica logo após a cirurgia.

 

  • Quando posso retomar as minhas atividades?

A maioria dos pacientes conseguem retomar suas atividades cotidianas em seis semanas (média de 6 a 12 semanas) após a cirurgia. A reabilitação pós-operatória visa retirar o paciente da cama e iniciar caminhadas já no 1º dia após a cirurgia. O objetivo principal da reabilitação precoce é diminuir o risco de complicações como trombose e pneumonia.

O andador (ou as muletas) são usados por período de tempo variável, de acordo com a evolução do paciente na reabilitação.

  • Dirigir: em média 04 a 06 semanas após a cirurgia, quando o paciente estiver andando sem auxílio de andador ou muletas, e sem mancar ao caminhar.
  • Retorno ao trabalho: depende do tipo de trabalho. O tempo pode variar de 04 a 06 semanas para atividades menos demandantes (escritório, por exemplo) até 03 meses, no caso de trabalho que envolva carregar peso ou andar.

 

  • A cirurgia tem riscos?

A Artroplastia Total de Quadril apresenta uma taxa de aproximadamente 95% de bons resultados, com índice global de complicações variando de 1 até 5% dos casos.

Infecção (1 a 2% dos casos) exige, além de cirurgias para troca dos componentes da prótese, períodos prolongados de uso de antibióticos. A trombose é uma complicação temida devido às suas potenciais (embora raras) complicações, como embolia pulmonar e infarto agudo do miocárdio. O uso de medicação anticoagulante (“afinadores do sangue”) no pós-operatório é fundamental para diminuir o risco de tal complicação. O desgaste dos componentes da prótese e a soltura são complicações esperadas a longo prazo, tendo em vista que, como dito anteriormente, a prótese de quadril tem tempo de durabilidade e que este é variável. Deslocamento da prótese e diferença no comprimento das pernas são outras complicações menos comuns.

Fonte: https://hipknee.aahks.org/total-hip-replacement/

 

3 Comentários

  1. Aguinaldo Cervi disse:

    Informacoes bem esclarecedoras

  2. Lucia Falbo disse:

    O que acontece quando termina a validade da prótese????
    Tenho prótese total nas 2 pernas. Fiz tudo direitinho e as pernas não apresentam nenhuma diferença.
    Estava com oeoporose e não sabia qdo cai a 1a vez. Hj tenho osteopenia sob controle e minhas próteses 1 e de tirando, polietelino e cerâmica e a outra de tirando total. A 1 tem 13 anos e a 2a 11 anos. Sinto-me como se não tivesse estas próteses. Muito bem. Só da p perceber na piscina ou Praia pq as cicatrizes são laterais e bem grandes.

    • Dr. Anderson disse:

      A prótese não tem prazo de validade. Na realidade, com o passar dos anos (e este tempo varia de pessoa para pessoa) ocorre o desgaste das superfícies de revestimento da prótese, devido ao atrito ocasionado pela movimentação normal e contínua do Quadril. Esse desgaste da prótese causa soltura dos seus componentes e, uma vez que a prótese se solte do osso, o paciente começa a sentir dor.

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